O governo, por outro lado, não é totalmente contrário à ideia de maior autonomia para o Banco Central, mas deseja um debate mais aprofundado sobre o tema e priorizar outras questões consideradas mais urgentes antes de avançar com a PEC. A pressa do presidente do BC se deve ao fim de seu mandato e à necessidade de garantir a independência da instituição o quanto antes.
Apesar de resistências iniciais por parte dos servidores, alguns começam a aceitar a possibilidade de mudanças, enquanto outros, como os aposentados, ainda se mostram mais relutantes. Os sindicatos dos servidores têm apresentado posições diversas em relação à PEC 65, com a Associação Nacional dos Analistas do Banco Central declarando apoio com ajustes, e o presidente do Sinal rejeitando a proposta e considerando-a inconstitucional.
Após a apresentação do parecer pelo senador Valério, espera-se que o texto seja encaminhado à Comissão de Constituição e Justiça ainda esta semana, provavelmente na quinta-feira. O cenário é de divergências de opinião e debates intensos sobre a autonomia do Banco Central e seus impactos na instituição e na economia do país. A tramitação da PEC promete ser acompanhada de perto por todos os envolvidos e interessados no tema.