A proximidade da fábrica com o bairro residencial facilita a propagação dos resíduos gasosos para as redondezas. Uma moradora, que preferiu não se identificar, relatou que desde que se mudou para o local há dois anos, passou a lidar com sinusite, asma e bronquite devido ao mau cheiro constante. Segundo ela, o cheiro é de borracha queimada, mas não é possível afirmar com precisão se há componentes químicos afetando a atmosfera da região.
Os moradores já buscaram auxílio judicial para resolver a situação, mas até o momento não houve mudanças significativas. A Termomecanica, por sua vez, afirmou que todos os processos produtivos realizados em suas unidades de São Bernardo não envolvem o uso de borracha. A empresa assegura possuir equipamentos de proteção ambiental adequados e estar em conformidade com as normas ambientais vigentes.
A Prefeitura de São Bernardo também se manifestou, informando que a Termomecanica possui licença de operação emitida pela Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) devido à natureza e ao porte de sua atividade. Uma equipe de fiscalização municipal será enviada ao local para investigar a situação e, se necessário, tomar as medidas cabíveis.
Diante do impasse entre moradores, empresa e poder público, a comunidade da Vila Valparaíso aguarda uma solução para o problema que tem afetado a qualidade de vida na região. É fundamental que os órgãos competentes atuem de forma eficaz para garantir o bem-estar e a saúde dos cidadãos afetados pelo mau cheiro emitido pela Termomecanica.