Ex-chefe da Polícia Civil do Rio nega relação com irmãos Brazão em depoimento à Polícia Federal sobre assassinato de Marielle Franco.

O ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Rivaldo Barbosa, que está atualmente preso na penitenciária federal em Brasília devido às investigações sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco, prestou depoimento à Polícia Federal nesta segunda-feira (3). Durante o interrogatório, Barbosa negou veementemente qualquer tipo de relação com os irmãos Brazão, Domingos e Chiquinho.

Em um trecho do depoimento obtido pela Agência Brasil, Rivaldo afirmou que nunca teve qualquer tipo de contato, seja pessoal, profissional, político, religioso ou de lazer, com os irmãos Brazão. Ele também destacou que não recebeu solicitações para interferir nas investigações do assassinato de Marielle e seu motorista Anderson Gomes.

Barbosa ainda mencionou que conheceu Marielle através do ex-deputado Marcelo Freixo, para quem a vereadora trabalhava como assessora. Segundo o ex-chefe da Polícia Civil, a relação com Marielle era restrita a encontros ocasionais quando Freixo visitava a delegacia de homicídios devido ao seu trabalho na comissão de direitos humanos da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.

O depoimento de Rivaldo Barbosa foi autorizado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, após o ex-delegado fazer um pedido emocionado para ser ouvido pela PF. Em março deste ano, Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro, e o deputado federal Chiquinho Brazão também foram presos e posteriormente denunciados pela Procuradoria-Geral da República ao STF por homicídio e organização criminosa.

A versão de Rivaldo Barbosa sobre a sua suposta não relação com os irmãos Brazão e com o caso Marielle Franco contradiz as acusações apresentadas pelas autoridades, mas o ex-chefe da Polícia Civil continua a afirmar a sua inocência perante as investigações em curso. Este depoimento surge como mais um capítulo complexo e controverso no desenrolar desse caso que tem abalado a opinião pública e a credibilidade das instituições de segurança no Rio de Janeiro.

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