Desvalorização do minério de ferro e cautela dos investidores mantêm Ibovespa no vermelho antes de semana decisiva para mercado.

Em meio à desvalorização do minério de ferro e à cautela dos investidores, o Ibovespa segue em território negativo, com poucas perspectivas de recuperação. Com uma queda de 3% em maio e um recuo em nove das últimas dez sessões, o principal indicador da B3 enfrenta um cenário desafiador.

De acordo com Raony Rossetti, executivo-chefe da Melver, os investidores estão apreensivos diante de eventos e indicadores importantes que acontecerão ao longo da semana. A divulgação dos dados sobre o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil no primeiro trimestre, a decisão de política monetária do Banco Central Europeu (BCE) e os números sobre o mercado de trabalho dos Estados Unidos são alguns dos fatores que contribuem para a cautela do mercado.

Além disso, o receio em relação à desancoragem das expectativas de inflação no Boletim Focus também pressiona as ações brasileiras. Com projeções que se aproximam do limite máximo da meta de inflação, os investidores se mostram menos inclinados a apostar em renda variável.

No cenário atual, por volta das 11h10, o Ibovespa registrava uma queda de 0,30%, atingindo os 121.799 pontos. As ações da Vale se destacavam negativamente, contribuindo para a baixa do índice. Da mesma forma, as ações da Petrobras recuavam, acompanhando a queda nos preços do petróleo no mercado futuro.

Apesar da manutenção dos cortes voluntários de produção por parte da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+), os preços do petróleo seguem em queda. A expectativa de alguns analistas era de que os cortes fossem mantidos até dezembro, o que poderia impactar positivamente o mercado.

Diante desse cenário, o mercado financeiro permanece em alerta e os investidores aguardam com cautela os desdobramentos dos eventos programados para a semana, em busca de sinais que possam influenciar nas decisões de investimento.

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