Ao longo da avenida, era possível observar a diversidade de pessoas e de fantasias. As famosas drag queens, com suas produções elaboradas, dividiam espaço com super-heróis, figuras da antiguidade e até mesmo aqueles que simplesmente vestiam uma coroa com as cores do arco-íris, distribuída gratuitamente por uma rede de fast-food.
Neste ano, uma novidade chamou a atenção: o verde e amarelo da bandeira nacional ganharam destaque. Segundo a drag queen Cacau, que usava uma camisa da seleção brasileira cortada na altura do peito, a ideia era mostrar que as cores do Brasil pertencem a todos e não apenas a um grupo específico. A proposta surgiu como resposta ao uso dessas cores por manifestações de extrema-direita.
O tema da parada este ano foi “Basta de Negligência e Retrocesso no Legislativo! Vote Consciente por Direitos da População LGBT+”, evidenciando a preocupação com as dificuldades na aprovação de leis que garantam os direitos dessa comunidade. Entre as reivindicações, a inclusão no mercado de trabalho foi um dos temas mais destacados, evidenciando as dificuldades enfrentadas por travestis e homens trans.
Além das reivindicações políticas, a parada também foi palco de momentos de diversão e união entre amigos. Jovens como Thalía Vitorelli, uma transexual de 20 anos em busca de novas oportunidades de emprego, aproveitaram a energia da avenida para se divertir e celebrar a liberdade de ser quem são.
Para Teresa Vaz, uma drag venezuelana que participou pela terceira vez do evento, a parada representou não apenas um momento de festa, mas também de conscientização e militância. Ela ressaltou a importância de estar no Brasil para entender e se engajar nas lutas contra o racismo e por direitos iguais para todos.
Em meio a cores vibrantes, músicas animadas e alegria contagiante, a Parada do Orgulho LGBT+ de São Paulo mais uma vez mostrou a força e a diversidade dessa comunidade, reafirmando a importância da luta por direitos e respeito.