O estudo apontou que cidades como Porto Alegre, Vitória, Goiânia, Campo Grande, Maceió, Belém, Manaus, e outras nove capitais estão entre aquelas que ainda não possuem um plano efetivo para lidar com as mudanças climáticas. Isso é preocupante, já que muitas dessas cidades têm enfrentado problemas decorrentes de eventos extremos, como enchentes e outras catástrofes climáticas.
Pablo Lira, diretor-geral do IJSN, destacou a importância desse instrumento de gestão territorial para prevenção, mitigação e adaptação aos eventos climáticos extremos. Ele ressaltou que as capitais, como centros econômicos e estruturados, deveriam ser referência na elaboração desses planos, a fim de servir de exemplo para outros municípios.
A falta de um plano municipal de mudanças climáticas é um problema complexo que exige apoio dos governos federal e estadual, além da participação de instituições de pesquisa e da sociedade civil. A extinção do Ministério das Cidades foi mencionada como um retrocesso para as políticas urbanas e ambientais, evidenciando a necessidade de uma atuação mais forte e articulada dos órgãos públicos.
Diante desse cenário, as capitais que ainda não possuem um plano estão se mobilizando para elaborá-lo. Medidas como contratação de consultorias especializadas, criação de fóruns de discussão e parcerias com universidades estão sendo adotadas por algumas cidades, visando à construção de instrumentos eficazes para lidar com as mudanças climáticas.
É fundamental que os municípios se preparem para enfrentar os desafios impostos pelas mudanças climáticas, garantindo a segurança e o bem-estar da população. A atuação conjunta dos governos em todos os níveis é essencial para mitigar os impactos dos eventos extremos e garantir um futuro mais sustentável e resiliente para as cidades brasileiras.