Uma das vítimas desse desastre foi Sabrina Almeida de Almeida Weiss, de 46 anos, que viu a obra de arte pintada por sua mãe falecida ser danificada devido à umidade provocada pelo alagamento que durou semanas em sua residência. Sabrina compartilhou sua angústia ao relatar a perda dessas lembranças, destacando a importância que tinham em sua vida. Ela descreveu a dificuldade de lidar com a situação, ressaltando que, embora os bens materiais possam ser recuperados, as memórias e os objetos de valor sentimental são insubstituíveis.
Outra vítima das enchentes foi Paola Meneghetti, que lamentou a destruição da foto mais querida de seu aniversário de 15 anos, guardada em um quadro cuidadosamente emoldurado. A perda dessas lembranças despertou sentimentos de tristeza e nostalgia, mostrando o impacto emocional causado pelas intempéries da natureza.
Diante do trauma e das perdas ocorridas, o psiquiatra Alexandre Valverde ressaltou a importância de preservar essas memórias, mesmo que danificadas, como forma de manter viva a história e superar o ciclo de destruição. Ele destacou a técnica japonesa do Kintsugi, que valoriza as falhas e restaurações, simbolizando a importância de reconhecer e assumir as marcas deixadas pela tragédia.
A comunidade também se mobilizou para ajudar na reconstrução das vidas dessas pessoas afetadas pelas enchentes, ressaltando a importância do apoio coletivo para superar os traumas e dificuldades enfrentadas. A solidariedade e a união se mostraram essenciais para amenizar o sofrimento e restaurar a esperança no futuro. Mesmo diante da devastação, as vítimas demonstraram resiliência e determinação em reconstruir o que foi perdido e preservar as preciosas lembranças que resistiram à força das águas.