De acordo com documentos judiciais, YunHe Wang, um chinês, supostamente propagou um malware para comprometer e capturar uma grande rede de computadores. As botnets são redes de computadores sequestrados para aplicação de golpes e fraudes, e o cibercrime funciona muitas vezes porque os proprietários dos dispositivos não estão cientes do que está acontecendo.
Por meio de 150 servidores dedicados, YunHe Wang controlava os dispositivos infectados e vendia acesso para outros cibercriminosos. Nos EUA, aproximadamente 614 mil endereços de IPs foram fraudados, de acordo com autoridades.
Nicole M. Argentieri, chefe da Divisão Criminal do Departamento de Justiça dos EUA, explicou que os criminosos usaram os computadores sequestrados para cometer uma variedade de crimes, desde fraude até perseguição cibernética. O malware se espalhou provavelmente através de programas de rede privada virtual (VPN) e serviços de pagamento por instalação.
O procurador dos EUA Damien M. Diggs afirmou que YunHe Wang criou e administrou um serviço de proxy residencial conhecido como 911 S5, que afetou milhões de computadores em todo o mundo. A botnet permitiu a execução de fraudes financeiras, perseguição, transmissão de ameaças de bombardeio e até mesmo acesso a materiais de exploração infantil.
YunHe Wang e outros criminosos teriam conseguido obter cerca de US $ 99 milhões a partir da venda dos IPs hackeados. Com o dinheiro, YunHe comprou carros de luxo, como uma Ferrari, duas BMWs e um Rolls Royce, além de 21 imóveis em diversos países.
O diretor do FBI, Christopher Wray, confirmou a prisão de YunHe Wang e a apreensão de seus bens, afirmando que sanções serão aplicadas contra ele e seus co-conspiradores. O Departamento de Justiça dos EUA estima que bilhões de dólares tenham sido furtados de instituições financeiras por meio dos golpes realizados por essa botnet. A ação do FBI demonstra um importante passo no combate ao cibercrime em escala internacional.