Desde o início da crise, mais de 12,5 mil animais já foram resgatados pela Defesa Civil. A Secretaria de Meio Ambiente do RS mobilizou 60 servidores ao longo do mês de maio para realizar atividades de resgate e realocação de animais, porém os desafios persistem.
O diretor financeiro do Grupo de Resposta a Animais em Desastre (Grad), Enderson Barreto, destacou a importância de novos esforços neste momento. Ele ressaltou que a fase de busca, resgate e salvamento foi concluída e agora é necessário focar na manutenção desses animais.
De acordo com Barreto, apesar de estarem abrigados, os animais não estão em condições dignas, o que evidencia a necessidade de ações como a castração de 20 mil animais. Esse controle populacional ético será realizado com a participação de hospitais veterinários e universidades, viabilizado pelo Ministério Público através do Fundo para Recuperação de Bens Lesados.
Além disso, está previsto o cadastro e a microchipagem dos animais, contando com o apoio de voluntários e empresas parceiras. O governo recebeu a doação de 3.000 microchips e o vice-governador Gabriel Souza, que é médico veterinário, explicou que o processo de implante é indolor e permite registrar informações úteis sobre os animais.
A plataforma PetsRS, desenvolvida após as enchentes de setembro de 2023, também será utilizada para auxiliar no reencontro dos animais com seus tutores. Outra ferramenta importante é o “Whatsapp da causa animal”, que fornecerá informações sobre doações e cadastramento de abrigos, além de possibilitar o registro de voluntários.
O diretor financeiro do Grad enfatizou a importância da adoção de animais, destacando que é crucial o engajamento da sociedade nesse processo. Com quase 20 mil animais necessitando de cuidados e lar, a colaboração de todos é fundamental para garantir o bem-estar desses animais afetados pelas enchentes no Rio Grande do Sul.