A anistia beneficiará não apenas o ex-presidente regional Carles Puigdemont, que está exilado na Bélgica desde a tentativa fracassada de secessão, mas também ex-membros do governo em Barcelona, cidadãos comuns participantes dos protestos e até mesmo alguns policiais envolvidos na repressão ao referendo de independência ilegal organizado pelo governo de Puigdemont.
No entanto, a aprovação da lei não resolve imediatamente a situação legal dos separatistas. Especialistas apontam que a legislação provavelmente enfrentará desafios legais e será revisada por instâncias judiciais superiores. Além disso, a aplicação da anistia será feita caso a caso, levantando dúvidas sobre sua constitucionalidade por criar uma possível desigualdade entre os cidadãos espanhóis.
Desde que assumiu o cargo em 2018, o primeiro-ministro Pedro Sánchez tem buscado reduzir as tensões na Catalunha e argumenta que a anistia é fundamental para esse processo. No entanto, a medida ainda divide opiniões e pode gerar debates acalorados no país.
Com a aprovação da lei de anistia, a Espanha entra em uma nova fase em relação à questão separatista na Catalunha. O desfecho desse tema ainda é incerto, e apenas o tempo dirá os impactos e desdobramentos dessa polêmica decisão do Parlamento espanhol.