Inicialmente, os dados indicavam um aumento nesse indicador, porém, esta informação foi corrigida pela pasta. Em entrevista à Agência Brasil, a subsecretária de Estatísticas e Estudos do Ministério do Trabalho e Emprego, Paula Montagner, destacou que as mulheres jovens são as mais afetadas, devido ao trabalho doméstico e a sobrecarga do cuidado familiar, o que resulta em um ingresso tardio no mercado de trabalho.
Recentemente, o governo federal lançou o programa Pé-de-Meia, que oferece incentivos financeiros para jovens de baixa renda permanecerem matriculados e concluírem o ensino médio. O programa prevê o pagamento de incentivos anuais de até R$ 3 mil por beneficiário, com um acréscimo de R$ 200 pela participação no Enem. Contudo, Paula Montagner ressaltou que os efeitos significativos deste programa entre os jovens só serão percebidos nos próximos anos.
Em relação à ocupação dos jovens, cerca de 17% da população brasileira é formada por jovens entre 14 e 24 anos, totalizando 34 milhões de pessoas. Deste total, 14 milhões possuíam alguma forma de ocupação no primeiro trimestre de 2024. Dos jovens ocupados, 45% estavam na informalidade, o que corresponde a 6,3 milhões de indivíduos.
A subsecretária ressaltou que a informalidade é mais comum entre os jovens que trabalham em micro e pequenas empresas, sem um contrato formal de trabalho. Além disso, a pesquisa revelou um aumento no número de aprendizes e estagiários no país nos últimos anos. O desafio de incluir os jovens no mercado de trabalho de forma segura e promover seu desenvolvimento a médio e longo prazo foi enfatizado por especialistas. Para aumentar a inserção produtiva dos jovens, é essencial elevar sua escolaridade e ampliar sua formação técnica e tecnológica.