De acordo com o Ministério da Saúde, crianças e adolescentes que experimentam cigarros eletrônicos têm uma probabilidade duas vezes maior de se tornarem fumantes no futuro. A campanha, lançada em comemoração ao Dia Mundial Sem Tabaco, destaca a importância de proteger as crianças e adolescentes dos perigos do tabaco, alertando sobre as estratégias da indústria para atrair esse público vulnerável.
Dados da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE) revelam que, em 2019, cerca de 16,8% dos estudantes brasileiros entre 13 e 17 anos já experimentaram cigarros eletrônicos. A variação regional também é significativa, com maior prevalência nas regiões Centro-Oeste, Sul e Sudeste.
O Ministério da Saúde ressalta que os dispositivos eletrônicos para fumar contêm nicotina e outras substâncias tóxicas, prejudicando tanto os usuários diretos quanto aqueles expostos aos aerossóis. Além disso, a dependência da nicotina pode afetar negativamente o desenvolvimento cerebral de crianças e adolescentes.
Estudos recentes apontam que o uso de cigarros eletrônicos pode aumentar o risco de doenças cardíacas e distúrbios pulmonares, além de representar perigos, principalmente para mulheres grávidas e crianças expostas aos líquidos dos dispositivos.
Em resposta a essas preocupações, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu a fabricação, importação, comercialização, distribuição, armazenamento, transporte e propaganda de dispositivos eletrônicos para fumar no Brasil. A medida visa proteger a saúde da população, especialmente crianças e adolescentes, dos danos causados pelos cigarros eletrônicos.