Eslovênia endossa proposta de reconhecimento do Estado da Palestina, aumentando pressão sobre Israel para aceitação da decisão.

O governo da Eslovênia tomou uma decisão importante nesta quinta-feira, 30, ao endossar uma proposta para reconhecer o Estado da Palestina. O primeiro-ministro esloveno, Robert Golob, anunciou que seu governo encaminhou a proposta de reconhecimento à Assembleia Nacional e espera que o parlamento siga o mesmo caminho. Golob enfatizou a importância de agir em direção à paz e ressaltou que a solução de dois Estados é fundamental para alcançar esse objetivo.

A decisão do governo esloveno gerou reações contraditórias, com o ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, expressando sua expectativa de que o parlamento esloveno rejeite a proposta. Katz argumentou que o reconhecimento do Estado palestino recompensa o Hamas por suas ações violentas e prejudica a relação entre Israel e a Eslovênia.

Para que a medida entre em vigor, é necessária a aprovação parlamentar. A coalizão liderada por Golob possui uma maioria confortável na assembleia de 90 membros, o que sugere que a votação seja uma formalidade. A decisão da Eslovênia segue a recente ação de outros países europeus, como Espanha, Noruega e Irlanda, que também reconheceram o Estado palestino, provocando críticas por parte de Israel.

Com a possível aprovação do reconhecimento, a Eslovênia se tornará o décimo membro dos 27 da União Europeia a oficialmente reconhecer o Estado palestino. Além disso, mais de 140 países ao redor do mundo já reconhecem a Palestina como um Estado, o que representa a maioria das Nações Unidas.

A decisão da Eslovênia é mais um capítulo na longa e complexa história do conflito israelense-palestino, demonstrando a delicada balança de interesses e opiniões presentes na comunidade internacional. Cabe agora ao parlamento esloveno deliberar e ratificar ou rejeitar a proposta de reconhecimento do Estado da Palestina, em um cenário que mescla política, diplomacia e questões humanitárias.

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