Em meio ao caos, os moradores relatam suas perdas e dificuldades enfrentadas. O gari Marcos Reni Azevedo da Silva, de 53 anos, desabafa sobre a perda de tudo o que possuía e a árdua tarefa de reconstruir sua vida. Outros moradores, como o músico Leandro Ferreira, de 55 anos, também compartilham relatos de destruição e desolação ao verem suas casas submersas pela água.
A ilha da Pintada, pertencente ao bairro Arquipélago, foi uma das mais afetadas pela cheia do rio Jacuí e do lago Guaíba. Famílias inteiras tiveram suas residências invadidas pela água suja e contaminada, deixando um rastro de destruição em seu caminho.
O presidente da associação dos pescadores na região, Gilmar Coelho, relata a tristeza ao ver sua casa inundada e relata a solidariedade presente na comunidade, que busca auxiliar os mais necessitados com doações de alimentos.
O professor Rodrigo Paiva, do Instituto de Pesquisas Hidráulicas da UFRGS, destaca a intensidade da enchente atual, que provocou um aumento significativo na produção de sedimentos e na movimentação de areia ao longo dos rios. Os impactos são visíveis ao longo da região das ilhas, onde famílias acampam em barracas improvisadas na BR-116, em busca de abrigo e proteção.
Para os moradores locais, o momento é de resistência e superação. Mesmo diante das perdas materiais e emocionais, a comunidade se mantém unida e disposta a reconstruir o que foi devastado. A força de vontade e a fé são os pilares que sustentam essas pessoas em meio ao caos. Neste momento de adversidade, a solidariedade e a união são essenciais para superar os desafios e reconstruir o que foi perdido.