A assinatura do contrato foi realizada após o Consórcio C2 Mobilidade Sobre Trilhos, composto pelo Grupo Comporte e a empresa chinesa CRRC, ter vencido o leilão com uma oferta de desconto de 0,01% sobre o valor de contraprestação, que totalizava R$ 8,06 bilhões. O consórcio foi o único participante do leilão e agora tem um prazo de 30 dias para obter a licença de operação, em um projeto que está estimado em R$ 14,2 bilhões.
A expectativa do governo é transportar cerca de 672 mil passageiros por dia através do TIC, tornando o transporte mais acessível e eficiente para a população. As obras estão previstas para começar em 2026, com a conclusão do trem, que terá paradas em Jundiaí, estimada até 2031.
Além do TIC, o edital do leilão também previa a concessão da linha 7-Rubi, que atualmente é operada pela CPTM, e a implantação do Trem Intermetropolitano (TIM). O TIM, que deve ser concluído dois anos antes do TIC, terá um percurso entre Jundiaí e Campinas, com paradas em Louveira, Vinhedo e Valinhos, percorrendo os 44 km em apenas 33 minutos.
Apesar do avanço do projeto, houve uma turbulência na Justiça de São Paulo envolvendo a assinatura do contrato. O Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias de São Paulo conseguiu suspender a assinatura do contrato através de uma decisão judicial, alegando irregularidades no edital de concessão.
No entanto, o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) derrubou a liminar e a assinatura do contrato foi realizada. O presidente do sindicato ressaltou que não é contra a construção do TIC, mas sim contra as irregularidades observadas no edital.
No geral, o projeto do Trem Intercidades é visto como uma importante evolução para o transporte público no estado de São Paulo, contribuindo para a mobilidade e acessibilidade da população.