A partir desse ponto, adentrei em um mundo de reflexões sobre a realidade em que estamos inseridos, permeado por uma catástrofe climática que já se faz presente e cujos efeitos estão se intensificando cada vez mais. Enchentes devastadoras, recordes de altas temperaturas nos oceanos, derretimento acelerado de geleiras e incêndios florestais desenfreados são apenas algumas das manifestações desse colapso ambiental.
Se antes havia a sensação de segurança e estabilidade, agora somos confrontados diariamente com um cenário sombrio e desafiador. A sensação de incerteza e desamparo frente a esses eventos catastróficos tem levado muitas pessoas, principalmente as gerações mais jovens, a adotarem práticas de “doom scrolling” e “doom spending”.
O “doom scrolling” consiste na busca incessante por notícias ruins na internet, enquanto o “doom spending” se traduz na compulsão por compras como uma forma de compensar a sensação de falta de controle diante do caos. Pesquisas indicam que jovens da geração Z e millennials são os mais propensos a adotarem esse comportamento como uma maneira de lidar com o estresse e a sobrecarga emocional.
No entanto, essa busca por uma falsa sensação de controle por meio do consumismo exacerbado acarreta consequências negativas tanto para o indivíduo quanto para o planeta. O ciclo vicioso do “doom spending” contribui para a exploração desenfreada dos recursos naturais e impacta negativamente a saúde financeira dos consumidores.
Diante desse contexto apocalíptico, é essencial repensar nossas prioridades e adotar práticas mais conscientes e sustentáveis. Em vez de buscar alívio momentâneo nas compras compulsivas, é fundamental buscar formas mais saudáveis de lidar com a incerteza, promovendo o equilíbrio entre as necessidades individuais e o bem-estar coletivo. A reflexão e a mudança de hábitos tornam-se imperativas diante do desafio global que enfrentamos.