Temporais geram dificuldades na coleta de dados para apuração da inflação no Rio Grande do Sul

As fortes chuvas que atingiram o estado do Rio Grande do Sul e causaram inundações generalizadas afetaram diretamente a coleta de dados para o cálculo da inflação no Brasil. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou nesta terça-feira (28) que as condições de calamidade pública na região prejudicaram a coleta de informações para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), considerado uma prévia da inflação oficial.

O IPCA-15 de maio ficou em 0,44%, elevando o acumulado dos últimos 12 meses para 3,70%. Esse índice reflete a variação de preços de uma cesta de produtos e serviços consumidos por famílias que recebem entre um e 40 salários mínimos.

Devido às situações de emergência provocadas pelas chuvas na região metropolitana de Porto Alegre, a coleta de preços foi intensificada de forma remota, por telefone ou internet. Cerca de 30% dos dados foram obtidos dessa maneira durante o mês de maio, evitando a coleta presencial que seria impossível nestas circunstâncias.

Alguns itens, como hortaliças e verduras, foram mais difíceis de coletar de forma remota, resultando na imputação dos dados com base no comportamento de preços de produtos similares. Apesar das dificuldades enfrentadas, o IBGE não pretende revisar os dados divulgados, seguindo sua política de não revisão para garantir a segurança jurídica dos contratos que utilizam esses índices de preços para correção monetária.

Essa medida evita possíveis contestações futuras de valores em contratos públicos e privados, assegurando a estabilidade nas relações contratuais. Portanto, os índices de preços, como o IPCA, IPCA-15 e INPC, continuarão a ser utilizados sem revisões posteriores, mesmo diante das adversidades enfrentadas durante a coleta de dados devido às condições climáticas extremas no Rio Grande do Sul.

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