De acordo com o Tesouro Nacional, o resultado ficou abaixo da mediana das expectativas da pesquisa Prisma Fiscal do Ministério da Fazenda, que apontava um superavit primário de R$ 18,3 bilhões para o mês de abril.
O Tesouro Nacional e o Banco Central contribuíram com um superavit de R$ 41,4 bilhões, enquanto o Regime Geral de Previdência Social registrou um déficit primário de R$ 30,3 bilhões no mesmo período. Esses números são reflexo do aumento real de 8,4% na receita líquida e 12,4% nas despesas totais.
Dentre os fatores que influenciaram no crescimento da receita líquida, destacam-se o aumento na Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) e no Programa de Integração Social/Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PIS/Pasep). Além disso, houve elevação do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e do Imposto de Importação.
No que diz respeito às despesas, o principal fator que contribuiu para o aumento foi o pagamento antecipado do 13º salário da Previdência Social em abril, ao invés dos meses de maio, junho e julho como ocorreu no ano anterior. Houve também um crescimento nos pagamentos de benefícios previdenciários, benefícios de prestação continuada e despesas com pessoal e encargos sociais.
No acumulado de janeiro a abril, o Governo Central atingiu um superavit primário de R$ 30,6 bilhões, resultado de um superavit de R$ 122,9 bilhões do Tesouro Nacional e do Banco Central e um déficit de R$ 92,3 bilhões na Previdência Social. Esses números indicam a necessidade de um controle eficiente das contas públicas para garantir a estabilidade econômica do país.