Governador Tarcísio de Freitas implementa novas diretrizes para câmeras corporais em policiais militares em São Paulo seguindo modelo federal.

O governador Tarcísio de Freitas, do partido Republicano, anunciou que o programa estadual de câmeras corporais para policiais militares já está em conformidade com as novas diretrizes nacionais para o uso desses equipamentos, divulgadas pelo governo do presidente Lula, do Partido dos Trabalhadores, por meio do ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski.

Segundo o governador, o novo edital lançado em São Paulo estabelece que as câmeras devem ser acionadas de forma intencional, ou seja, os policiais militares devem ligar o dispositivo ou acioná-lo por uma central de operações. Atualmente, a gravação em São Paulo é realizada de maneira ininterrupta, sem a necessidade de intervenção do agente.

As novas diretrizes federais determinam que as câmeras corporais devem ser obrigatoriamente ligadas durante operações, atuações ostensivas e em situações de contato com presos. O governador ressaltou que o estado de São Paulo está em conformidade com essas diretrizes e que as formas de acionamento das câmeras estão de acordo com o Ministério da Justiça.

A portaria federal prevê 16 circunstâncias em que as câmeras devem ser acionadas nos uniformes de policiais e agentes penais, dentro e fora do sistema prisional. São admitidas três modalidades de uso: acionamento automático, remoto e pelos próprios profissionais de segurança.

A implementação dessas normas visa aumentar a transparência e a proteção dos profissionais de segurança e da população. As câmeras serão obrigatórias para as polícias em âmbito federal, com exceção do setor de inteligência. Já as polícias estaduais não são obrigadas a aderir às diretrizes, mas têm a possibilidade de receber incentivos financeiros caso apresentem projetos aprovados.

Especialistas em segurança pública consultados pela reportagem da Folha apontaram que as novas diretrizes podem gerar discussões, especialmente em relação a pontos que permitem interpretações divergentes. Por exemplo, foi destacado que o prazo de armazenamento das imagens pode ser um ponto de discordância entre as diretrizes federais e o edital de São Paulo, o que sugere a necessidade de ajustes por parte do governo estadual para adequação às normas do governo federal.

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