Mesmo com a limitação dos juros do rotativo a 100% da dívida implementada em janeiro, a medida não impactou nos números de abril, uma vez que só se aplica a novos financiamentos. No entanto, nos últimos 12 meses, houve uma redução de quase 24 pontos percentuais nos juros do cartão rotativo.
Além disso, a taxa de juros para o parcelamento da dívida do cartão de crédito também teve uma queda, chegando a 128% ao ano, com reduções de 8,7 pontos percentuais no mês e 18,5 pontos percentuais em 12 meses.
No cenário geral, a taxa média de juros para concessões de crédito livre para famílias teve uma redução de 0,4 pontos percentuais em abril, chegando a 53% ao ano. No caso do cheque especial, os juros subiram 1,8 pontos percentuais no mês, mas caíram 3,6 pontos percentuais em 12 meses, atingindo 129,9% ao ano.
No crédito destinado a empresas, os juros tiveram um aumento de 0,4 pontos percentuais em abril, indo para 21,3% ao ano. Destaque para a alta nas taxas do cartão de crédito rotativo, que subiram 39,7 pontos percentuais.
Enquanto isso, o Banco Central destacou que a inadimplência tem se mantido estável, com pequenas oscilações, e ficou em 3,2% em abril. O endividamento das famílias subiu para 48% em março, enquanto o comprometimento da renda aumentou para 26,5% no mesmo período.
Em um contexto de redução na taxa básica de juros, a Selic, e um cenário econômico mais desafiador, o Banco Central tem adotado uma postura mais cautelosa em relação aos cortes na taxa de juros. Mesmo assim, o crédito ampliado ao setor não financeiro teve um aumento de 10,4% em 12 meses, refletindo a recuperação do mercado de crédito.