Diante do sucesso do programa, surge a questão sobre a possibilidade de sua expansão. O prefeito explicou que para ampliar o benefício da tarifa zero, são necessárias ações específicas. Uma delas envolve ajustes na legislação federal para garantir a continuidade da receita proveniente do vale-transporte. Segundo ele, dos R$10 bilhões custeados pelo sistema de transporte no ano passado, metade foi proveniente da arrecadação e a outra metade foi subsidiada pela Prefeitura. Manter essa proporção é essencial para que o programa de tarifa zero possa ser estendido sem comprometer o financiamento do sistema.
Além disso, o prefeito abordou os desafios enfrentados para cumprir a meta estabelecida pela Lei de Mudanças Climáticas, que previa a inclusão de 2.600 ônibus elétricos na frota da cidade até o final de 2024. No entanto, devido à pandemia de Covid-19 e à falta de uma indústria local produzindo ônibus elétricos, o município não atingiu nem 10% da meta. Para contornar essa questão, foi estabelecida uma portaria que proíbe a substituição de ônibus a diesel por veículos similares, incentivando a utilização de ônibus não poluentes.
Dessa forma, a ampliação do programa de tarifa zero em São Paulo depende de uma combinação de medidas que garantam a sustentabilidade financeira do sistema de transporte e promovam a transição para uma frota mais sustentável e ecologicamente correta. A implementação dessas ações exigirá uma cooperação entre os órgãos municipais e federais, visando o benefício e a qualidade de vida da população.