Adolescente de Balneário Camboriú suspeito de aplicar golpes em doações para vítimas de enchentes no Rio Grande do Sul.

Um adolescente de 16 anos, morador de Balneário Camboriú (SC), está sendo investigado pela Polícia Civil por suspeita de aplicar golpes, simulando campanhas de arrecadação de doações para ajudar a população do Rio Grande do Sul, estado que vem enfrentando inundações desde o início do mês. Segundo as autoridades, o jovem utilizava a internet para atrair pessoas interessadas em contribuir para ajudar as vítimas das enchentes, porém o dinheiro das doações caía em contas relacionadas ao próprio adolescente.

As investigações levaram a Polícia Civil a cumprir um mandado de busca e apreensão na residência do adolescente, onde foram encontrados computadores, celulares e outros equipamentos eletrônicos. A suspeita é de estelionato e lavagem de dinheiro. O jovem não foi encontrado para prestar esclarecimentos e não possui advogado atuando em sua defesa no momento.

De acordo com as autoridades, o adolescente se vangloriava nas redes sociais de ter atingido seu primeiro milhão aos 15 anos de idade e ser sócio de duas empresas. Outros mandados também foram cumpridos no mesmo dia, relacionados a golpes de doações para o Rio Grande do Sul.

A Operação Dilúvio Moral, realizada pela força-tarefa da Polícia Civil denominada Cyber, tem como objetivo combater golpes ligados a calamidades públicas. O delegado Eibert Moreira Neto afirmou que diversos tipos de golpes foram identificados, desde os mais simples até o elaborado esquema envolvendo o adolescente.

Segundo as investigações, o jovem criou uma página na internet simulando estar associado ao governo do RS, redirecionando os usuários para uma página falsa de arrecadação de doações. O valor fictício acumulado na suposta campanha ultrapassava os R$ 2,7 milhões, e os valores doados eram redirecionados para uma empresa em que o adolescente era sócio.

Até o momento, a força-tarefa examinou mais de 60 casos, retirando 71 páginas do ar e instaurando 29 inquéritos policiais em andamento. O delegado reforçou a importância de combater esses golpes cibernéticos e garantir a segurança das doações destinadas às vítimas das inundações no Rio Grande do Sul.

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