As investigações levaram a Polícia Civil a cumprir um mandado de busca e apreensão na residência do adolescente, onde foram encontrados computadores, celulares e outros equipamentos eletrônicos. A suspeita é de estelionato e lavagem de dinheiro. O jovem não foi encontrado para prestar esclarecimentos e não possui advogado atuando em sua defesa no momento.
De acordo com as autoridades, o adolescente se vangloriava nas redes sociais de ter atingido seu primeiro milhão aos 15 anos de idade e ser sócio de duas empresas. Outros mandados também foram cumpridos no mesmo dia, relacionados a golpes de doações para o Rio Grande do Sul.
A Operação Dilúvio Moral, realizada pela força-tarefa da Polícia Civil denominada Cyber, tem como objetivo combater golpes ligados a calamidades públicas. O delegado Eibert Moreira Neto afirmou que diversos tipos de golpes foram identificados, desde os mais simples até o elaborado esquema envolvendo o adolescente.
Segundo as investigações, o jovem criou uma página na internet simulando estar associado ao governo do RS, redirecionando os usuários para uma página falsa de arrecadação de doações. O valor fictício acumulado na suposta campanha ultrapassava os R$ 2,7 milhões, e os valores doados eram redirecionados para uma empresa em que o adolescente era sócio.
Até o momento, a força-tarefa examinou mais de 60 casos, retirando 71 páginas do ar e instaurando 29 inquéritos policiais em andamento. O delegado reforçou a importância de combater esses golpes cibernéticos e garantir a segurança das doações destinadas às vítimas das inundações no Rio Grande do Sul.