O Ministério da Gestão já apresentou sua proposta final aos docentes, que inclui um reajuste de 9% nos salários para 2025 e 5% para 2026. Uma reunião foi convocada para segunda-feira com a finalidade específica de “assinatura do acordo”. Enquanto isso, os servidores pleiteavam reajustes maiores, de 7,06% em 2024, 9% em 2025 e 5,16% em 2026, o que gerou um impasse nas negociações.
A discordância entre as entidades culminou em acusações mútuas. O Andes questionou a representatividade da Proifes e a acusou de ser subserviente aos interesses do governo. Por sua vez, a Proifes demonstrou disposição para assinar o acordo e encerrar as negociações, destacando a importância da participação de diferentes organizações no debate sindical.
Essa disputa entre Proifes e Andes não é recente, uma vez que a Proifes foi criada por dissidentes do Andes em 2004. Nas greves anteriores dos professores federais, em 2012 e 2015, a Proifes foi a responsável por firmar acordos com o governo, enquanto o Andes se opunha.
Em uma entrevista coletiva, representantes do Andes enfatizaram que não aceitarão a proposta de reajuste salarial de 0% para 2024 apresentada pelo governo, demonstrando insatisfação com a falta de diálogo e apontando a postura do governo como antidemocrática.
Neste cenário de tensão, as assembleias sindicais estão marcadas para decidir a posição oficial de cada base em relação às negociações. O impasse persiste, com críticas recíprocas entre as entidades sindicais e o governo, que afirma ter apresentado suas propostas finais após cinco rodadas de negociação. A decisão sobre o desfecho das negociações salariais dos docentes das universidades federais estará em pauta na próxima segunda-feira, aguardando definições das assembleias sindicais e dos posicionamentos das entidades representativas.