Nesta quinta-feira (23), o governo Lula (PT) publicou uma medida provisória destinando R$ 22,62 milhões para as seis universidades e três institutos federais, o que representa pouco mais de 25% do valor solicitado. A reitora da UFPel, Isabela Andrade, destacou que as instituições fizeram uma estimativa das despesas até o momento, mas a situação ainda é incerta devido ao contínuo aumento nos níveis dos rios e no número de desabrigados.
Apesar do aceno positivo do MEC com o aporte de recursos, as universidades enfatizaram que o valor liberado está longe de ser suficiente para cobrir todas as necessidades. As instituições tiveram suas atividades acadêmicas interrompidas devido às fortes chuvas, com alguns prédios atingidos e dificuldades em retomar as operações normais.
Os recursos liberados pela medida provisória devem ser usados para limpeza, manutenção e recuperação das instalações afetadas, visando retomar as atividades nas instituições. A UFSM foi a única a retomar parte das atividades acadêmicas de forma remota até o momento, enquanto outras instituições como a UFRGS, UFCSPA e IFRS ainda enfrentam danos significativos devido às enchentes.
As universidades federais do Rio Grande do Sul têm sido fundamentais no acolhimento dos desabrigados e no apoio aos estudantes e funcionários afetados. Além disso, os docentes e pesquisadores das instituições estão fornecendo apoio técnico e científico para lidar com a crise, contribuindo para amenizar os impactos da catástrofe.
Apesar dos esforços das universidades em enfrentar a crise, a redução no orçamento do ensino superior tem sido um desafio constante, com cortes que impactam diretamente as atividades acadêmicas e de apoio à comunidade. A situação evidencia a necessidade de investimentos contínuos e adequados para garantir a manutenção das instituições e o atendimento às demandas da população afetada.