O leilão em andamento prevê a aquisição de 12 mil equipamentos que serão incorporados aos uniformes dos policiais militares de São Paulo. No entanto, a tecnologia prevista no leilão inclui a possibilidade do policial decidir quando ligar e desligar o dispositivo de monitoramento, o que tem gerado críticas por parte de especialistas.
Essa função de “liga e desliga” também enfrenta resistência do governo federal, que pretende incluir câmeras nas fardas de policiais federais, rodoviários e da Força Nacional de Segurança Pública. A justificativa da cúpula das polícias de Tarcísio é que as câmeras que gravam continuamente violam a privacidade e o direito à intimidade dos policiais.
O Coronel Alexandre Roldan, chefe da assessoria da Polícia Militar de São Paulo, ressaltou a importância do respeito à privacidade do policial e afirmou que as regras de uso das câmeras serão rigorosamente estabelecidas para garantir a proteção dos dados e a privacidade dos agentes de segurança.
A expectativa é que as novas câmeras sejam instaladas nas fardas dos policiais de São Paulo no mês de agosto. Outros estados, como Bahia, Rio de Janeiro e Santa Catarina, já adotaram a tecnologia de câmeras corporais, enquanto Minas Gerais, Rondônia e Roraima estão em fase de estudos para implementar o uso desses dispositivos.
A discussão em torno do uso das câmeras corporais na polícia promete continuar gerando debates e polêmicas, com diferentes atores envolvidos apresentando argumentos a favor e contra a medida. A decisão final sobre a implantação das câmeras nas fardas dos policiais em São Paulo ainda está em aberto, aguardando a posição do Ministro Ricardo Lewandowski e da gestão federal.