A presidente do Movimento dos Pescadores e Pescadoras Artesanais do Estado do Rio Grande do Sul, Viviane Machado Alves, está acampada na Ilha dos Marinheiros e tem usado o barco para distribuir água potável, alimentos e produtos de higiene para outras comunidades. A falta de acesso a serviços públicos e assistência social tem sido um desafio para os moradores, que também tiveram seus equipamentos de pesca danificados pelas enchentes.
A suspensão da pesca artesanal durante o defeso, época de reprodução das espécies, somada à decisão do governo federal de proibir a pesca em área marítima, agravaram a situação dos pescadores. Mesmo com relatórios técnicos apontando para as dificuldades na região, o Ministério da Pesca e da Aquicultura ainda não criou um plano de proteção aos pescadores afetados. A FURG tem auxiliado as comunidades locais a lidarem com as demandas decorrentes das enchentes.
A prefeita de Pelotas, Paula Mascarenhas, reconhece a dificuldade enfrentada pela Colônia Z3 e destaca a falta de vagas no abrigo local. A Prefeitura de Rio Grande informou que realizou a entrega de cestas básicas e equipes de saúde realizaram visitas às localidades afetadas. A Marinha e o Exército também prestaram assistência, incluindo resgates com helicópteros na Ilha dos Marinheiros.
A situação dos pescadores da Lagoa dos Patos evidencia a necessidade de ações integradas e apoio do poder público para garantir o sustento e a segurança dessas comunidades afetadas pelas enchentes na região. A mobilização das entidades representativas e a solidariedade entre os moradores são fundamentais para enfrentar os desafios decorrentes desse desastre natural.