Em comunicado, Zambelli salientou que a conduta dos ministros não condiz com a imparcialidade esperada de juízes e, por isso, acredita que está configurada a suspeição dos mesmos. A decisão ocorreu após a Primeira Turma do STF, de forma unânime, determinar que a parlamentar e o hacker Walter Delgatti, conhecido como “Vermelho”, sejam réus no processo relacionado à invasão do sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Durante a votação, Cármen Lúcia fez uso da expressão “desinteligência natural” para abordar o caso, sendo complementada por Alexandre de Moraes, que ainda acrescentou o termo “burrice”. Em suas declarações, os ministros destacaram a atuação criminosa e a falta de inteligência dos envolvidos.
Caso a alegação de suspeição seja aceita, Cármen Lúcia e Moraes serão impedidos de participar do julgamento criminal envolvendo a deputada federal. A Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou a denúncia contra Zambelli e Delgatti após a conclusão do inquérito da Polícia Federal, que investigou a invasão ao sistema do CNJ.
Os investigadores apontaram que o objetivo do ataque hacker era descredibilizar o Poder Judiciário, sendo encontrado um mandado falso que determinava a prisão de Moraes assinado pelo próprio. Documentos apreendidos com a deputada federal correspondiam aos arquivos inseridos por Delgatti no sistema do CNJ, reforçando o envolvimento da parlamentar na conduta criminosa, de acordo com a PF.