Comissão de Direitos Humanos aprova projeto para garantir atendimento a menores de pais vítimas de violência grave ou presos.

Na tarde desta quarta-feira (22), a Comissão de Direitos Humanos (CDH) aprovou um importante projeto que visa garantir atendimento médico e psicossocial para menores cujos pais foram vítimas de violência grave ou estão presos. O PL 1.151/2023, originário da Câmara dos Deputados, foi relatado pela senadora Professora Dorinha Seabra, do estado de Tocantins, que fez ajustes de redação no texto.

Essa proposta altera o Estatuto da Criança e do Adolescente, de 1990, para ampliar o acesso a esse tipo de assistência para menores que tenham um dos pais ou responsáveis vitimados por violência grave ou que estejam cumprindo pena em regime fechado. Atualmente, o direito a esse suporte é garantido apenas para menores de 18 anos que tenham sido vítimas de negligência, maus-tratos, exploração, abuso, crueldade e opressão.

De acordo com a senadora Dorinha, o projeto está alinhado com a Lei 12.962, de 2014, que garante a convivência de crianças e adolescentes com pais privados de liberdade. Em um país onde a população carcerária já ultrapassa os 800 mil indivíduos, é fundamental que medidas como essa sejam implementadas para garantir o bem-estar e o desenvolvimento saudável das crianças afetadas por essa realidade.

Durante a sessão, a senadora enfatizou a importância de não só combater a violência, mas também suas consequências, que podem ser igualmente devastadoras, afetando o desenvolvimento emocional e pessoal daqueles que sofrem com ela. Ela ressaltou a necessidade de proteger as crianças e adolescentes, evitando que sejam marcados psicologicamente por traumas que possam comprometer seu futuro.

Com a aprovação na CDH, o projeto agora segue para análise na Comissão de Assuntos Sociais (CAS), onde deverá ser discutido e votado antes de seguir para apreciação em plenário. A expectativa é de que a proposta seja bem recebida pelos demais senadores, uma vez que visa garantir direitos fundamentais a um grupo vulnerável da sociedade que muitas vezes sofre calado.

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