De acordo com o relato de Ingryd, a funcionária da loja apontou que o sensor indicava a presença de uma blusa de seda na bolsa da advogada, mesmo ela tendo comprado uma outra peça. O constrangimento foi evidente, e a advogada se sentiu humilhada com a situação. Esse não foi o primeiro episódio de racismo que Ingryd enfrentou, mas ela decidiu que desta vez não deixaria passar em branco.
A Polícia Civil está investigando o caso e a Zara emitiu uma nota, garantindo que não tolera nenhum ato de discriminação e lamentando o ocorrido na loja. A empresa ressaltou que está reforçando os processos e políticas de atendimento para garantir que suas lojas sejam ambientes seguros, acolhedores e inclusivos para todos os clientes.
A advogada também contou com o apoio do procurador da Comissão de Direitos Humanos e Assistência Judiciária da OAB do Rio, Paulo Henrique Lima, que a acompanhou na delegacia. O procurador destacou a importância de não naturalizar casos de racismo, ressaltando que a erradicação de todas as formas de violência racial é essencial para alcançar a plenitude do Estado democrático de Direito.
Situações como essas reforçam a necessidade de uma conscientização e ação efetiva contra o racismo e a discriminação racial, promovendo um ambiente de respeito e igualdade para todos os cidadãos. O episódio vivido por Ingryd Souza deve servir como alerta e estímulo para a luta contínua por um mundo mais justo e inclusivo.