Após um encontro com os prefeitos na sede do governo paulista, não será mais necessário que as prefeituras submetam a privatização da Sabesp à aprovação das câmaras municipais. Dos 375 municípios atendidos pela Sabesp, 372 já aprovaram a adesão ao novo contrato adaptado às condições da empresa privatizada, que atualmente tem 50% das ações controladas pelo governo e pretende vender parte delas.
No ABC, a Sabesp fornece água e distribui em seis das sete cidades, com exceção de São Caetano, que compra a água no atacado. Em Mauá, a distribuição é feita pela Sabesp, enquanto a coleta de esgotos é responsabilidade da BRK Ambiental.
A ideia é que a adesão se torne um único contrato regionalizado da Unidade Regional de Serviços de Abastecimento de Água Potável e Esgotamento Sanitário 1 (UREA 1). A Capital, maior cliente da Sabesp no Estado, já aprovou o projeto, e em São Bernardo, o prefeito Orlando Morando já enviou o texto para a câmara municipal.
Quanto às exigências das prefeituras, Rio Grande da Serra pede a melhoria dos serviços e ampliação das redes de abastecimento e esgotamento sanitário, além da redução de perdas. Já Diadema busca melhorias na coleta e tratamento de esgotos, bem como o compromisso de redução da tarifa de água.
As demais prefeituras da região ainda não se pronunciaram sobre as exigências feitas à Sabesp no novo contrato. A Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística do Estado de São Paulo esclareceu que, com o Novo Marco do Saneamento, não é obrigatória a aprovação das câmaras municipais para a substituição dos atuais contratos pelo novo contrato de concessão. Apenas a adesão à regionalização é necessária.