Namorada de fisiculturista morre em suspeita de feminicídio em Goiás; Defesa nega motivo para prisão preventiva.

Na madrugada desta terça-feira (21), a notícia da morte da namorada do fisiculturista Igor Porto Galvão chocou a cidade de Aparecida de Goiânia, localizada a cerca de 149 km da capital, Goiânia. Marcela Luise de Souza Ferreira, de 31 anos, foi levada ao hospital no dia 10 de maio pelo próprio companheiro, que alegou aos médicos que ela havia sofrido uma queda em casa. No entanto, as múltiplas lesões apresentadas por Marcela, como traumatismo craniano em três partes do crânio, oito costelas quebradas, clavícula fraturada e escoriações em diversas partes do corpo, levantaram suspeitas sobre a versão dada por Galvão.

O fisiculturista foi preso preventivamente na última sexta-feira (17) sob suspeita de feminicídio. A delegada responsável pelo caso, Bruna Coelho, está programada para ouvi-lo nesta terça-feira (21). A defesa de Galvão, representada pelos advogados Thiago Marçal e Gelício Garcia Junior, manifestou pesar pela morte de Marcela e alegou que não havia motivos para a prisão preventiva, destacando a colaboração do cliente com as autoridades durante as investigações.

Marcela Ferreira já havia denunciado anteriormente episódios de agressão envolvendo Igor Porto Galvão. Em dezembro de 2020, ela relatou à polícia que havia sido agredida fisicamente, injuriada e ameaçada pelo então companheiro. Com base na lei Maria da Penha, Marcela solicitou e obteve uma medida protetiva que determinava Galvão a manter distância mínima dela e proibia qualquer tipo de contato, inclusive via redes sociais.

No entanto, em janeiro de 2021, Marcela comunicou à Justiça que não se sentia mais ameaçada e decidiu reatar o relacionamento, resultando no arquivamento do processo. Infelizmente, essa decisão teve um desfecho trágico com a morte da jovem nesta terça-feira. A polícia destacou que Galvão já respondia a processos relacionados à violência doméstica em outros relacionamentos, evidenciando um padrão de comportamento agressivo por parte do fisiculturista. A investigação continua em andamento para esclarecer as circunstâncias que levaram à morte de Marcela Luise de Souza Ferreira.

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