A campanha salarial dos servidores já vinha sendo discutida em diversas reuniões, sem que um acordo fosse alcançado. O reajuste proposto, de 2,77% com base na inflação medida pelo IPC-Fipe, foi recusado pelos metroviários.
Durante a assembleia, a presidente do Sindicato dos Metroviários, Camila Lisboa, ressaltou a importância de o Metrô apresentar respostas que demonstrassem disposição para negociar. Após o envio da carta pelos representantes da empresa, o sindicato recomendou a suspensão da greve, mas manteve o estado de greve e agendou uma nova assembleia para o dia 5 de junho.
Além do reajuste salarial e benefícios, os metroviários solicitam a efetivação da contratação de 115 agentes de segurança aprovados em concurso de 2019, a reintegração de oito funcionários demitidos na última paralisação, uma participação maior nos resultados da empresa e a abertura de um novo concurso público.
O Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região determinou que, em caso de paralisação, o Metrô deveria garantir a operação com 100% da capacidade nos horários de pico e com um efetivo mínimo de 50% nos demais períodos. Multas diárias de R$ 100 mil seriam aplicadas ao sindicato e à empresa caso houvesse qualquer dificuldade na operação do transporte público.
A expectativa do sindicato é aguardar as novas propostas do governo para o dia 5 de junho, e caso não sejam atendidas as reivindicações dos trabalhadores, uma nova data para a greve será marcada. A categoria segue mobilizada em busca de melhores condições de trabalho e benefícios.