Uma das cidades mais afetadas foi Canoas, vizinha a Porto Alegre, que estima que as áreas alagadas irão gerar 120 mil metros cúbicos de lixo, um volume muito superior ao que é gerado mensalmente em condições normais. No ano passado, as enchentes no estado resultaram em aproximadamente 100 mil toneladas de resíduos, mas a tragédia deste ano superou esse número, atingindo um maior número de cidades e causando um impacto ainda mais devastador.
A separação do lixo tornou-se um desafio para as prefeituras, visto que os dejetos orgânicos e recicláveis se misturaram durante as enchentes. Além disso, os resíduos perigosos provenientes de indústrias demandam um tratamento especial, o que exige um cuidado redobrado na destinação adequada desses materiais.
As autoridades têm se empenhado em encontrar soluções para lidar com a quantidade massiva de lixo gerada pelas enchentes. Em Canoas, por exemplo, uma área específica foi destinada para o enterro de animais mortos pela enchente, enquanto em Porto Alegre, a coleta do lixo domiciliar tem sido realizada de forma intensiva, com carretas transportando toneladas de resíduos para uma estação temporária na cidade.
A operação para dar conta de todo o lixo gerado pelas enchentes ainda demandará tempo e esforço das autoridades municipais. A recomendação é que a população permaneça atenta aos objetos encontrados em suas residências, pois podem estar contaminados pelas águas dos alagamentos, e que contribuam com a separação e disposição correta dos resíduos, a fim de minimizar os impactos ambientais causados por essa tragédia.