BNDES destaca a importância de calcular riscos fiscais relacionados a eventos climáticos extremos para política fiscal.

Com o aumento da frequência de eventos climáticos extremos, os riscos relacionados a esses episódios se tornam cada vez mais importantes no cenário da política fiscal. Segundo Nelson Barbosa, diretor de Planejamento e Estruturação de Projetos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), estima-se que cada R$ 1 investido em prevenção poderia economizar até R$ 15 em medidas pós-desastre, de acordo com um estudo realizado pela Organização das Nações Unidas (ONU).

Barbosa ressalta a complexidade desse cálculo e a necessidade de incorporar os riscos climáticos na avaliação fiscal dos países. Ele enfatiza a importância de alocar recursos de forma a prevenir futuros desastres e alerta que a transição climática é uma realidade que deve ser considerada nas políticas fiscais.

Durante uma reunião sobre financiamento climático no BNDES, especialistas discutiram a necessidade de mudanças na forma como a política fiscal é elaborada. Maria Netto, diretora executiva do Instituto Clima e Sociedade (iCS), destaca a importância de considerar não apenas informações históricas, mas também cenários futuros na avaliação de riscos climáticos.

O tema do financiamento climático tem sido priorizado pela presidência brasileira do G20, que busca reformar bancos de desenvolvimento e fundos verdes internacionais. A presidente do Finance in Common (FiCS), Rémy Rioux, enfatiza o papel dos bancos de desenvolvimento no apoio à transição energética por meio do financiamento de projetos de qualidade.

A necessidade de atrair investimentos públicos e privados para cumprir as metas do Acordo de Paris também foi discutida, com a importância de promover a troca de experiências entre os bancos nacionais e internacionais de desenvolvimento. O intercâmbio de informações e conhecimento é essencial para alavancar os investimentos necessários para enfrentar os desafios climáticos globais.

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