A questão da isenção para compras internacionais de até US$ 50 tem sido um ponto de discussão, e a CNI é uma das defensoras do fim dessa vantagem. De acordo com a entidade, os dados levantados na pesquisa mostram que os principais beneficiários desse benefício tributário são as pessoas com renda mais alta, o que acaba gerando um impacto negativo no emprego em setores da indústria e do comércio.
O estudo também apontou que 24% dos entrevistados afirmaram ter realizado compras internacionais em 2023, enquanto 73% admitiram não ter feito qualquer compra fora do país. A análise conjunta assinada por diversas entidades, incluindo a CNI, a Confederação Nacional do Comércio Bens, Serviços e Turismo (CNC) e outras, destaca que a isenção de tributos nessas compras de até US$ 50 não beneficia as pessoas de menor renda, que acabam sofrendo mais com desemprego e falta de oportunidades.
Atualmente, a indústria e o comércio nacional estão perdendo oportunidades de emprego e vendas devido às importações com benefício tributário, o que resultou em um impacto estimado de 226 mil pessoas desempregadas nesses setores. O presidente da CNI, Ricardo Alban, ressaltou a importância de rever essa política de isenção e buscar alternativas que beneficiem de forma mais equitativa a população brasileira em geral.