Após o recuo das águas, os comerciantes da região central da cidade começaram a reabrir seus estabelecimentos e estão dedicados à realização de uma intensa limpeza para contabilizar os prejuízos causados pela enchente. A situação já permitiu a retomada das atividades em 22 escolas municipais da capital gaúcha, com outras 16 unidades programadas para voltar às atividades na terça-feira (21).
No entanto, a tragédia das enchentes deixou um rastro de destruição. De acordo com a Prefeitura de Porto Alegre, 14 escolas municipais e 12 conveniadas foram total ou parcialmente alagadas, causando grandes prejuízos materiais. Outras onze escolas municipais e 53 conveniadas também foram afetadas, sofrendo danos parciais e infiltrações.
O número de pessoas desabrigadas caiu para 12.727 neste último domingo (19), após um pico de 14 mil desabrigados. No total, foram montadas 146 estruturas para abrigar a população afetada pelas enchentes na região. A magnitude da catástrofe foi revelada pelos dados do IBGE e da UFRGS, que indicam que mais de 300 mil edificações residenciais e 801 estabelecimentos de saúde foram impactados em 123 cidades.
A Defesa Civil do Rio Grande do Sul confirmou mais duas mortes em decorrência das fortes chuvas no estado, elevando o total de óbitos para 157. O boletim também registra 88 desaparecidos e 806 feridos, sendo que esses números ainda podem aumentar à medida que as equipes de resgate continuam atuando na região. A população segue em alerta diante da extensão dos estragos e da necessidade de reconstrução das áreas afetadas pelas enchentes.