BNDES recebe consultas de R$ 30 bilhões para projetos climáticos nos próximos três anos, diz diretor de Planejamento.

O diretor de Planejamento do BNDES, Nelson Barbosa, revelou que o banco de fomento recebeu um volume expressivo de consultas, totalizando cerca de R$ 30 bilhões, para projetos relacionados ao Fundo Clima nos próximos três anos. Essa informação foi compartilhada durante uma reunião na sede do BNDES, que contou com a presença de representantes do G20, União Europeia e União Africana, para discutir financiamento climático entre bancos públicos de desenvolvimento.

Barbosa enfatizou a importância de apoiar projetos que promovam a transição climática de forma justa, com uma taxa favorável e sustentável. Ele também chamou a atenção para os desafios enfrentados pelo Brasil, especialmente no Rio Grande do Sul, onde eventos climáticos têm demandado linhas de crédito para reconstrução.

Além disso, o diretor destacou a necessidade de ampliar os investimentos em infraestrutura e apoiar a industrialização brasileira, assim como desenvolver a infraestrutura social, que engloba áreas como saúde e educação. Barbosa ressaltou a importância de repensar a inserção internacional do Brasil nas cadeias globais e de valor.

Já a secretária de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda, Tatiana Rosito, falou sobre as prioridades do Brasil durante a presidência do G20, enfatizando a importância de focar em soluções. Ela ressaltou a mudança nas forças tarefas do grupo, com o restabelecimento de metas financeiras e a intensificação do olhar sobre os desafios climáticos.

No evento, o presidente da Finance in Common (FiCS), Rémy Rioux, abordou a possibilidade de criação de uma estrutura global de acreditação para facilitar o acesso a fundos e propôs uma abordagem mais enfática sobre questões climáticas na declaração final do G20. Rioux também mencionou a necessidade de desenvolver uma estrutura financeira inovadora para biodiversidade e clima.

Atualmente, a preocupação com questões climáticas e o desenvolvimento sustentável têm sido pautas recorrentes em discussões entre entidades financeiras e governamentais, visando a construção de um futuro mais equilibrado e responsável em termos ambientais.

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