O compromisso firmado por Tarcísio de implementar câmeras corporais durante as operações policiais foi defendido como uma medida de transparência e segurança para agentes e população. No entanto, o plano apresentado para a compra de novos equipamentos traria retrocessos significativos, de acordo com a análise da Defensoria Pública e da Conectas.
Dentre as preocupações levantadas está a autonomia das câmeras corporais, que atualmente conseguem captar imagens por até 12 horas. A proposta de licitação do governo Tarcísio não prevê essa mesma capacidade, o que poderia resultar em períodos sem registros durante operações policiais.
Além disso, a redução nos prazos de armazenamento das imagens obtidas pelas câmeras também foi criticada, com uma diminuição significativa no tempo de retenção dos vídeos. A Defensoria Pública e a Conectas ressaltaram a importância desses registros em casos de operações policiais que resultam em mortes e passam a ser investigadas.
Outra preocupação levantada no ofício enviado ao STF foi a previsão de utilização de tecnologias de reconhecimento facial pelas câmeras corporais. A falta de testes públicos ou independentes para verificar sua precisão e possíveis vieses foi destacada como um ponto crítico.
A Secretaria de Segurança Pública do Governo de São Paulo defendeu que as inovações propostas contribuirão para a eficiência da atividade policial e para a segurança da sociedade. No entanto, a manutenção dos padrões de transparência e proteção aos direitos humanos é fundamental, conforme apontado pela Defensoria Pública e pela Conectas Direitos Humanos.