Rio Grande do Sul enfrenta a pior enchente da história com 154 mortes e milhares de desabrigados em 461 municípios

Porto Alegre enfrenta uma redução significativa no nível do lago Guaíba, atingindo a marca de 4,55 metros no cais Mauá no início deste sábado (18). Essa é a menor medição registrada desde o pico da inundação, que alcançou 5,35 metros em 5 de maio. A água, no entanto, segue seu curso em direção à lagoa dos Patos, no sul do Rio Grande do Sul, elevando o nível da cheia em cidades como Rio Grande e São José do Norte antes de desaguar no Atlântico.

A Defesa Civil do estado emitiu um alerta na última quinta-feira (16) sobre a continuidade do aumento dos níveis da lagoa dos Patos. O Instituto de Pesquisas Hidráulicas da UFRGS prevê uma cheia persistente, com a redução dos níveis do Guaíba abaixo dos 5 metros ocorrendo de forma lenta. A expectativa é de que o lago se mantenha acima dos 4 metros até a próxima semana e acima da cota de inundação, que é de 3 metros, pelo menos até o final do mês, devido à possibilidade de mais chuvas.

Até o momento, o pico da enchente foi registrado há uma semana, quando o lago atingiu a marca de 5,3 metros. A tragédia causada pelas fortes chuvas no estado já resultou em pelo menos 154 mortes, com 104 pessoas ainda desaparecidas. Mais de 300 mil edificações residenciais e 800 estabelecimentos de saúde em 123 cidades foram atingidos pela inundação, de acordo com dados do IBGE e da UFRGS.

A Defesa Civil relata que as mortes ocorreram em 44 cidades e há 806 feridos. No total, 461 municípios foram afetados, deixando 77.199 pessoas desabrigadas e 540.192 desalojadas. A situação é de extrema gravidade e as autoridades seguem mobilizadas para prestar assistência às vítimas e amenizar os impactos dessa tragédia que assola o Rio Grande do Sul.

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