O coordenador dos Índices de Preços do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), André Braz, destacou que em maio houve uma aceleração nos três componentes do IGP-10. O Índice de Preços ao Produtor (IPA), com maior peso no indicador, teve um aumento de 1,34%, sendo o minério de ferro responsável por 53% desse resultado. Já no Índice de Preços ao Consumidor (IPC), o grupo Transportes foi o destaque, com um aumento de 1,44% no preço da gasolina. No Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), a mão de obra teve um avanço de 0,92% em maio, comparado com os 0,50% registrados em abril.
Os números revelam que o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-10) passou de uma queda de 0,56% em abril para um aumento de 1,34% em maio. Analisando por estágios de processamento, os Bens Finais apresentaram um recuo de 0,18% em maio, influenciados pelos alimentos processados. Os Bens Intermediários tiveram um crescimento de 0,91%, impulsionados pelos materiais e componentes para a construção. Já as Matérias-Primas Brutas registraram um aumento de 3,45%, com destaque para o minério de ferro, café em grão e bovinos.
Diante desse cenário, os consumidores podem se preparar para possíveis repasses dessas altas no atacado para os preços finais, o que pode impactar o custo de vida e a inflação nos próximos meses. É importante ficar atento às variações nos preços e buscar alternativas para ajustar o orçamento pessoal diante desse contexto econômico desafiador.