O professor destaca que as margens do Guaíba se assemelham mais a um lago devido à recirculação, baixa profundidade e bidimensionalidade. No entanto, a presença de um canal que recebe águas do Rio Jacuí, influenciando em seu comportamento, também leva à interpretação de que o Guaíba possui características de um rio. Essa dualidade torna a definição do Guaíba como lago ou rio uma questão complexa.
Para Goldenfum, o principal foco deveria estar na modelagem dos processos que ocorrem no Guaíba, independentemente de sua classificação como rio ou lago. Questões legais, como a definição de faixas não edificáveis, são afetadas pela interpretação do Guaíba como rio ou lago. A decisão final sobre o status do Guaíba pode ser deixada para a justiça, e não para a ciência.
O professor Rualdo Menegat, coordenador do Atlas Ambiental de Porto Alegre, defende a classificação do Guaíba como lago, de acordo com os estudos científicos. Ele ressalta a importância de usar os termos corretos para uma gestão ambiental eficaz, considerando a interconexão do Guaíba com outros corpos d’água, como a Laguna dos Patos.
O debate em torno do Guaíba reflete a complexidade dos sistemas hídricos e a necessidade de compreendê-los de forma precisa. A dualidade do Guaíba como rio ou lago mostra a importância de considerar múltiplos aspectos na definição de um corpo d’água e suas consequências legais e ambientais.
Por fim, a questão do Guaíba como rio ou lago continua sendo objeto de estudo e discussão, destacando a importância do conhecimento científico para a tomada de decisões que afetam o meio ambiente e a população local.