O debate sobre a classificação do Guaíba ganhou destaque novamente devido às recentes inundações na região metropolitana de Porto Alegre. O corpo hídrico, que deságua na lagoa dos Patos, apresenta características híbridas de rio e lago, com importantes rios como o Jacuí, Caí, dos Sinos e Gravataí desaguando nele.
A Agapan e outras entidades ambientalistas moveram uma ação civil pública na Justiça para que o Guaíba seja reconhecido como rio e não como lago, alegando que a proteção das margens seria mais eficiente se fosse considerado um rio. O biólogo também ressalta que o Guaíba possui uma renovação significativa de água, característica mais comum em rios do que em lagos.
Por sua vez, a Prefeitura de Porto Alegre reconhece que o Guaíba apresenta um comportamento dual, mesclando características de rio e lago. Na visão do hidrólogo Walter Collischonn, o nome “guaíba”, de origem tupi, já indica que o corpo hídrico é um local onde o rio se alarga, demonstrando a interpretação dos povos indígenas sobre a paisagem.
Diante desse debate em torno da classificação do Guaíba, especialistas e ativistas ambientais buscam resguardar a importância desse corpo hídrico, que desempenha um papel fundamental na região e merece cuidados específicos considerando suas características únicas.