Presidente da Petrobras minimiza queda no lucro e produção, afirmando que é parte de um movimento planejado para o futuro.

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, apresentou uma visão positiva em relação à queda da produção e do lucro da estatal no primeiro trimestre deste ano. De acordo com Prates, a redução na produção durante os meses de janeiro a março faz parte de um movimento planejado pela empresa e não afetará a curva de produção esperada nos próximos cinco anos, conforme o plano estratégico da companhia.

No balanço divulgado na noite de segunda-feira, a Petrobras registrou um lucro líquido de R$ 23,7 bilhões, o que representa uma queda de 37,9% em relação ao ano anterior e de 23,7% em comparação com o último trimestre de 2023. Prates explicou que a diminuição na produção de petróleo e gás era esperada, devido a paradas programadas para manutenção em plataformas. Ele ressaltou que as paradas foram de curto prazo e não afetarão a curva de produção projetada para os próximos anos.

Além da queda na produção de petróleo e gás, houve também uma redução nas vendas de derivados, que, segundo Prates, foram impactadas por questões sazonais. Para aproveitar a queda sazonal das vendas, a Petrobras realizou paradas de manutenção em refinarias, com destaque para as intervenções na Repar, no Paraná, e na Replan, em São Paulo.

Apesar das explicações do presidente da estatal, as ações da Petrobras tiveram um desempenho negativo no mercado, com quedas de 2,74% nas ações ordinárias e de 1,80% nas preferenciais. Essa situação acabou limitando o potencial de alta do Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores no Brasil, que avançou 0,28% no mesmo dia.

Para Gustavo Cruz, estrategista-chefe da RB Investimentos, o recuo nas ações da Petrobras pode estar relacionado às métricas de receita e Ebitda decepcionantes apresentadas no primeiro trimestre. No entanto, ele ressaltou que operacionalmente a empresa mostrou uma performance sólida, mantendo os custos de extração em níveis baixos.

Em resumo, apesar dos resultados do primeiro trimestre, a Petrobras mantém sua estratégia de crescimento e prevê uma trajetória positiva para os próximos anos baseada em seu plano estratégico.

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