Entre os itens perdidos ou danificados, há presentes recebidos de autoridades como o presidente dos EUA, Joe Biden, uma carta da rainha Elizabeth 2ª, quadros e esculturas de artistas renomados, tapetes de embaixadas, medalhas, condecorações e mapas, entre outros conteúdos valiosos. O acervo de Dilma inclui cerca de 3.000 itens distribuídos em quatro contêineres, sendo que dois deles estão em contato direto com o chão e podem ter sido mais afetados.
Além da perda material, há a preocupação de que correspondências extraoficiais com outros chefes de Estado e documentos da época em que Dilma comandou ministérios importantes também possam ter sido atingidos pelas enchentes. A falta de critérios para a preservação adequada desses presentes após o término do mandato gerou frustração entre técnicos que cuidavam do acervo no Palácio do Planalto durante o governo da petista.
A situação dos presentes recebidos por outros ex-presidentes, como Lula e Bolsonaro, também foi mencionada, destacando a desorganização no armazenamento desses itens. Atualmente, a maior parte dos presentes recebidos por Lula está no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Paulo, enquanto Bolsonaro optou por guardar parte dos presentes em uma propriedade de Nelson Piquet.
A incerteza sobre a extensão dos danos causados pela inundação no acervo de Dilma e a preocupação com possíveis saques aos contêineres em meio à calamidade do estado aumentam a urgência de medidas para restaurar e preservar esses itens históricos. Opções como acionar a Comissão Memória dos Presidentes da República e solicitar ajuda para a restauração e organização dos presentes são consideradas como possíveis próximos passos a serem tomados pela ex-presidente. A regulamentação sobre a preservação do patrimônio adquirido durante a passagem de um presidente pelo Palácio do Planalto também foi mencionada como um fator importante a ser considerado.