Enchentes em Porto Alegre obrigam governo do RS a mudar sede para prédio improvisado em situação de emergência.

Nos últimos dias, o Centro Administrativo Fernando Ferrari (CAFF), localizado em Porto Alegre, teve seu acesso prejudicado devido às fortes chuvas que causaram enchentes na região. Como consequência, gestores e servidores públicos tiveram que recorrer a meios alternativos, como ir de barco, para conseguir chegar ao local, que abriga todas as 27 secretarias do governo do estado e órgãos importantes como a Procergs.

Diante da impossibilidade de utilizar o complexo tradicional onde funciona o Executivo do Rio Grande do Sul, que inclui o Palácio Piratini, residência oficial do governador, o governo precisou improvisar uma nova sede em um prédio sem uso que pertencia à antiga companhia energética gaúcha. Assim, foi estabelecido o Complexo Administrativo de Contingência (CAC), onde o governador Eduardo Leite, do PSDB, passou a despachar desde esta quarta-feira (15).

A mudança para o novo local foi necessária para manter a centralização das atividades do governo, garantindo o funcionamento adequado de todos os setores, incluindo a Defesa Civil, Corpo de Bombeiros, Polícia Militar, entre outros. Segundo a secretária de Planejamento, Governança e Gestão do governo estadual, Danielle Calazans, a preparação da estrutura improvisada foi desafiadora devido à necessidade de contar com a colaboração de servidores devido à dificuldade de acesso a funcionários terceirizados afetados pelas enchentes.

A mobilização para tornar o novo espaço funcional contou com parcerias com a Caixa Econômica Federal, que forneceu mobiliário, computadores e manutenção de ar-condicionado, além de doações de equipamentos da iniciativa privada. Com uma estrutura enxuta e de coworking, o novo ambiente de trabalho foi projetado para promover a colaboração entre as secretarias do governo e facilitar a comunicação e tomada de decisões.

A mudança para o Complexo Administrativo de Contingência também impactou o funcionamento de sites de empresas públicas, como o Ministério Público do RS, que tiveram suas operações prejudicadas devido a problemas na estrutura elétrica do antigo Centro Administrativo. Empresas privadas, como a plataforma de meteorologia MetSul, também enfrentaram dificuldades devido às enchentes na região, impactando a prestação de serviços essenciais.

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