CPI da Braskem aponta empresa como responsável por afundamento do solo em Maceió e pede indiciamento de diretores e técnicos

Em um importante desdobramento da CPI da Braskem, o senador Rogério Carvalho (PT-SE) enfatizou a responsabilidade da empresa no afundamento do solo em Maceió, classificando-o como um verdadeiro “crime”. Segundo o parlamentar, a exploração excessiva do sal-gema e a falta de monitoramento foram fatores determinantes para o trágico incidente.

Além disso, Carvalho apontou a omissão de instituições como o Instituto do Meio Ambiente de Alagoas, o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) e a Agência Nacional de Mineração (ANM) no caso. Em sua análise, o senador solicitou o indiciamento da mineradora responsável e de alguns de seus diretores e técnicos, visando responsabilizá-los pelas consequências do desastre.

Por sua vez, o senador Rodrigo Cunha (Podemos-AL) destacou a relevância do relatório da CPI, ressaltando que o Ministério Público poderá utilizá-lo para requerer uma revisão dos acordos previamente estabelecidos com a Braskem e assegurar a realocação dos moradores das áreas afetadas, como os Flexais.

O documento elaborado também recomendou a redução do valor do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) e do financiamento dos imóveis nessas regiões, além da necessidade de fiscalização dos recursos repassados pela Braskem à prefeitura de Maceió.

Em nota, a Braskem afirmou que colaborou plenamente com a CPI e continua à disposição das autoridades para esclarecimentos. A votação do relatório está marcada para o próximo dia 21, o que promete ser um momento decisivo para a busca por justiça e reparação das vítimas do desastre em Maceió.

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