Chamon ressalta a importância de encontrar maneiras de produzir oxigênio, energia e comida localmente, uma vez que não será viável transportar todos os recursos necessários da Terra para a base lunar. Nesse sentido, o Brasil, apesar de não ter tradição na exploração espacial, tem se empenhado em colaborar com o projeto.
O presidente da AEB destacou a relevância da agricultura como uma das áreas em que o Brasil pode contribuir significativamente, dado o protagonismo internacional do país nesse setor. A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) deverá desenvolver as tecnologias necessárias para o cultivo de alimentos no espaço.
Além do aspecto prático da produção de alimentos fora da Terra, Chamon também ressaltou a expectativa de que esses projetos possam resultar em avanços para as práticas agrícolas no planeta. A pesquisa e inovação necessárias para cultivar alimentos no espaço podem beneficiar a agricultura terrestre, contribuindo para o desenvolvimento sustentável e a segurança alimentar.
O Projeto Artemis envolve 39 países interessados em estabelecer uma base lunar e permitir a exploração espacial em direção a Marte. Com o Brasil buscando desempenhar um papel ativo nessa iniciativa, é possível que o país se torne uma referência na agricultura espacial e colabore para o avanço da ciência e tecnologia globalmente. A parceria com a Embrapa e o envolvimento em projetos visionários como esse reforçam o potencial do Brasil como um ator relevante no cenário espacial internacional.