Violência LGBT no Brasil: 230 mortes em 2023, uma a cada 38 horas, aponta Observatório de Mortes e Violências

No Brasil, a violência contra a comunidade LGBT+ continua sendo uma realidade alarmante, como revelam os dados divulgados pelo Observatório de Mortes e Violências LGBTI+. De acordo com as informações apresentadas, ao menos 230 pessoas LGBTs perderam a vida de forma violenta em 2023, o que representa uma média de um óbito a cada 38 horas.

É importante ressaltar que a maioria dessas mortes (184) foi resultado de assassinatos, enquanto 18 foram registrados como suicídios. Além disso, 28 casos não tiveram a causa estabelecida, evidenciando a complexidade e gravidade da situação enfrentada por essa parcela da população.

O levantamento apontou que das vítimas, 142 eram mulheres trans ou travestis, 59 eram gays, 13 eram homens trans, sete eram lésbicas e uma pessoa se identificava como não binária. Houve também oito ocorrências em que não foi possível estabelecer a identidade de gênero ou orientação sexual das vítimas.

Os estados com o maior número de vítimas relatadas foram São Paulo, Ceará e Rio de Janeiro, com 27 mortes cada. No entanto, quando consideramos o número de vítimas por milhão de habitantes, Mato Grosso do Sul se destaca, apresentando 3,26 mortes por milhão, seguido por Ceará (2,73) e Alagoas (2,56).

Além disso, dados parciais de 2024 também foram adiantados pelo observatório, indicando que, de 1º de janeiro a 30 de abril, foram registradas 61 mortes. Nesse período, as travestis e mulheres trans foram as mais afetadas, representando 40 das vítimas, seguidas pelos gays, com nove mortes.

Diante desses números alarmantes, é fundamental que medidas efetivas sejam tomadas para garantir a segurança e o respeito aos direitos da comunidade LGBT+ no Brasil, combatendo a discriminação e a violência que ainda persistem em nossa sociedade.

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