Principal suspeito de feminicídio contra estudante torna-se réu no Maranhão após denúncia do Ministério Público e acatamento da Justiça.

A Justiça do Maranhão acatou denúncia do Ministério Público estadual e tornou réu Elizeu Carvalho de Castro, conhecido como Bahia ou Baiano, principal suspeito de ter assassinado a estudante Ana Caroline Campêlo. O crime ocorreu no dia 10 de dezembro do ano passado, no município de Maranhãozinho, localizado a 283 quilômetros da capital São Luís.

A denúncia foi aceita na sexta-feira (10) pelo juiz João Paulo de Sousa Oliveira, e Bahia agora vai responder pelo crime de feminicídio. A principal hipótese levantada é que o crime possa ter sido motivado por lesbofobia. A jovem de 21 anos foi encontrada morta após desaparecer quando voltava do trabalho, com marcas de violência no rosto, couro cabeludo, olhos e orelhas.

Conforme a denúncia do Ministério Público, o crime teria sido cometido por asfixia e meio cruel, dificultando a defesa da vítima e com motivações ligadas à condição de gênero feminino de Ana Caroline.

O inquérito policial revelou que a estudante deixou seu trabalho por volta de 1h da manhã do dia 10 de dezembro e foi perseguida por um homem em uma motocicleta, identificado como Elizeu de Castro. O suspeito teria forçado a vítima a subir na moto e a levado até uma estrada isolada, onde cometeu o crime por asfixia.

Após o assassinato, o corpo foi abandonado no local e encontrado na manhã do mesmo dia. Elizeu de Castro foi preso no final de janeiro na zona rural de Centro do Guilherme e levado para prestar depoimento na delegacia de Governador Nunes Freire.

Durante o interrogatório, o suspeito confirmou ser a pessoa vista em imagens de câmeras de segurança trajando camisa branca e pilotando uma moto após a vítima passar de bicicleta. A polícia ainda investiga a possibilidade de violência sexual contra a vítima.

Elizeu permanece detido em São Luís e a defesa não foi encontrada para comentar o caso. Centro do Guilherme, cidade onde o acusado mora, é a cidade natal de Ana Caroline, que se mudou para Maranhãozinho para viver com sua companheira. A investigação continua em andamento para esclarecer os detalhes desse crime chocante.

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