Estudo revela equívoco sobre acesso a cotas para universidades: migrar para escola pública no último ano não garante benefício.

Recentemente, um post viralizou nas redes sociais com a seguinte afirmação: “Descobri que tem gente que estuda a vida toda em escola particular e no último ano vai para a escola pública para pegar cota”. No entanto, é importante ressaltar que essa informação é equivocada. Segundo a Lei de Cotas, para ter acesso às cotas é necessário cursar os três anos do ensino médio no sistema público.

A Lei de Cotas, aprovada em 2012, determina que metade das vagas em institutos e universidades federais seja destinada a estudantes que concluíram todo o ensino médio em escolas públicas. Além disso, dentro desse grupo, os beneficiados são submetidos a critérios sociais e raciais, visando promover a inclusão e a igualdade de oportunidades no ensino superior.

Embora existam casos de migração da educação privada para a pública devido ao interesse nas cotas em universidades, essa mudança geralmente ocorre no último ano do ensino fundamental, e não no último ano do ensino médio. Um estudo realizado por Adriano Souza Senkevics e Ursula Mattioli Mello demonstrou que famílias de baixo nível socioeconômico passaram a considerar o sistema público como uma opção mais vantajosa com a implementação da lei de cotas.

É importante ressaltar a importância de verificar a veracidade das informações recebidas nas redes sociais. Caso você receba um conteúdo que julgue ser enganoso, é possível encaminhá-lo para a verificação da equipe da Folha de São Paulo através do WhatsApp 11 99581-6340 ou do e-mail [email protected].

Assim, é fundamental esclarecer que as cotas no ensino superior visam promover a inclusão de grupos historicamente excluídos, e que o acesso a essas vagas é regulamentado pela legislação vigente, garantindo a equidade e a diversidade no ambiente acadêmico.

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